Anarquismo de Mercado é a doutrina de que as funções legislativa, adjudicativa e protetora, injusta e ineficientemente monopolizadas pelo Estado coercitivo, devem ser inteiramente entregues às forças voluntárias e consensuais da sociedade de mercado.
Como Thomas Paine escreveu em The Rights of Man (1792):
Grande parte dessa ordem que reina entre a humanidade não é o efeito do governo. Tem sua origem nos princípios da sociedade e na constituição natural do homem. Existia antes do governo e existiria se a formalidade do governo fosse abolida. A dependência mútua e o interesse recíproco que o homem tem sobre o homem, e todas as partes da comunidade civilizada uma sobre a outra, criam aquela grande cadeia de conexão que a mantém unida. O proprietário, o fazendeiro, o fabricante, o mercador, o comerciante e toda ocupação prosperam com a ajuda que cada um recebe do outro e do todo. O interesse comum regula suas preocupações e forma sua lei; e as leis que o uso comum ordena, têm uma influência maior do que as leis do governo. Em suma, a sociedade realiza para si mesma quase tudo o que é atribuído ao governo.
O primeiro defensor explícito do anarquismo de mercado foi o economista e teórico social do século XIX Gustave de Molinari. A ideia foi adotada pelos anarquistas individualistas, particularmente aqueles associados à revista Liberty, de Benjamin Tucker. Mais recentemente, o anarquismo de mercado foi revivido por um número de pensadores do movimento libertário. Os termos “anarco-capitalismo” e “socialismo voluntário” têm sido associados à tradição anarquista de mercado.
Instituto Molinari
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